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Clímax

Desde que nascemos iniciamos uma caminhada de transformação corporal que naturalmente atinge um ponto de cozedura, chamado e convencionado de velhice.

É um estado visível do culminar de anos, mas cada qual tem que a viver a seu modo, pois “por morrer uma andorinha não se acaba a Primavera”. Não será esta etapa, o clímax de uma vida?

Certamente e por tal deveremos encará-la ou melhorá-la na sequência dos outros momentos decorridos da vida no pressuposto de que se valeu o passado, porque modificar-se o presente?

Se estamos agradados com o que já possuímos, qual seria a razão de alterarmos comportamentos? Se ainda sonhamos não podemos de deixar de sonhar, se ainda sentimos amor, porque deveríamos deixar de amar?

A vida não se esgota num amontoado de cabelos brancos nem nos socalcos vincados no rosto, mas antes na dádiva constante de amor, da convivência sã com todos, para que se possa conseguir o tal convencionado estado de velhice participativo e partilhado.

José Caçapo

Ilustração de Iwona Chmielewska
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